Formação de Professores para Aprendizagem na
Internet: O Webquest como Investigação Orientada
MERCADO, Luís Paulo & VIANA, Maria Aparecida
Resumo - Este estudo investiga o uso da internet na
formação de professores utilizando uma investigação
orientada-o Webquest, buscando analisar como uma fonte de pesquisa poderá
tornar a aprendizagem significativa e levar o educando a construção
do conhecimento. Neste estudo, são analisados os novos desafios
com os quais se defronta o trabalho do professor com a utilização
da Internet; investigando novas estratégias na utilização
dos recursos oferecidos pela web nos meios educacional; propõe
modalidades de intervenção a partir da criação
de espaço de aprendizagem colaborativa entre os alunos e os educadores,
permitindo aos educadores e educandos tornarem-se aprendizes ativos,
solucionadores de problemas, pesquisadores e projetistas.
INTRODUÇÃO
Integrar a utilização da Internet no currículo de
um modo significativo e incorporá-la às atuais práticas
de sala de aula bem sucedidas, como a educação baseada numa
aprendizagem cooperativa é um desafio na formação
de professores.[1]
A Internet apresenta um potencial importante na ajuda aos alunos no sentido
de responsabilidade pessoal com seu próprio aprendizado, expandindo
seus horizontes, aprendendo a comunicar-se, a colaborar e, de fato, aprender.
A utilização efetiva da Internet na educação
exige padrões e resultados para o aprendizado do aluno. Sem expectativas
de aprendizagem especificas para atividades baseadas na Internet, os alunos
perderão a direção, o foco e ficarão sobrecarregados
com a súbita quantidade de informações disponíveis
para eles. Os resultados da aprendizagem definem os critérios pelos
quais se avaliam o progresso do aluno e a eficácia do professor
na utilização da Internet como ferramenta.
Integrar a utilização da Internet no currículo de
um modo significativo e incorporá-la às atuais práticas
de sala de aula bem-sucedidas, numa aprendizagem colaborativa, poderá
fornecer um contexto autêntico em que os alunos desenvolvem conhecimento,
habilidades e valores. Neste contexto, o trabalho com projetos permite,
aos alunos, analisar os problemas, as situações e os conhecimentos
dentro de um contexto e em sua totalidade, utilizando, para isso, os conhecimentos
presentes nas disciplinas e na sua experiência socio-cultural.
Em um mundo que muda rapidamente, o professor deve estar preparado para
auxiliar seus alunos a analisarem a situação complexas e
inesperadas, a desenvolverem sua criatividade, a utilizarem outros tipos
de "racionalidades": a imaginação criadora, a
sensibilidade táctil, visual e auditiva, entre outras. O respeito
às diferenças e o sentido de responsabilidade são
outros aspectos básicos que o professor deve estar preparado para
trabalhar com seus alunos.
Hoje, uma outra tarefa fundamental na vida do professor é a pesquisa,
reinventada a cada dia, aceitando os desafios e imprevisibilidade da época
para melhorar cada vez mais. Cabe ao professor o exame crítico
de si mesmo, procurando orientar seus procedimentos de acordo com seus
interesses e anseios de aperfeiçoamento e melhoria de desempenho.
Formar para as novas tecnologias é formar o julgamento, o senso
crítico, o pensamento hipotético e dedutivo, as faculdades
de observação e de pesquisa, a imaginação,
a capacidade de memorizar e classificar, a leitura e a análise
de textos e de imagens, a representação de redes, de procedimentos
e estratégias de comunicação.
Um quadro pedagógico para as novas tecnologias, na qual se destaca
a mudança de paradigmas que elas demandam e, ao mesmo tempo, oportunizam
é proposto. Trata-se de passar de uma escola centrada no ensino
(suas finalidades, seus conteúdos, sua avaliação,
seu planejamento, sua operacionalização sob forma de aulas
e de exercícios) a uma escola centrada não no aluno, mas
nas aprendizagens. O ofício de professor redefine-se: mais do que
ensinar, trata-se de fazer aprender. As novas tecnologias podem reforçar
a contribuição dos trabalhos pedagógicos e didáticos
contemporâneos, pois permitem que sejam criadas situações
de aprendizagem ricas, complexas, diversificadas, por meio de uma divisão
de trabalho que não faz mais com que todo o investimento repouse
sobre o professor, uma vez que tanto a informação quanto
a dimensão interativa são assumidas pelos produtores dos
instrumentos.
Vários questionamento tem sido feitos pelos educadores ao entender
que ao usar a Internet há uma necessidade de buscar cada vez mais
através do processo de avaliação, técnicas
utilizadas nos ambientes informatizados, nos planejamentos, nos registros
das ocorrência, na discussão sobre o processo da aprendizagem.
A aprendizagem a partir de atividades educativas envolvendo investigação
orientada, em ambientes virtuais de aprendizagem permite a construção
do conhecimento? Qual o papel do professor no desenvolvimento destas atividades?.
O Webquest é uma alternativa pedagógica, na utilização
da Internet, e poderá revolucionar a construção do
saber? A interação professor aluno com as diversas formas
de comunicação e informação acrescentará
a construção do conhecimento de forma clara, objetiva e
mais prazerosa? Os ambientes virtuais de aprendizagem na Internet podem
mudar o modo do professor dar sua aula?. A aprendizagem a partir de atividades
educativas, envolvendo investigação orientada, em ambientes
virtuais de aprendizagem permite a construção do conhecimento?
Qual o papel do professor no desenvolvimento destas atividades?.Essas
e outras questões estão norteando os objetivos deste estudo
é investigar o uso da internet na formação de professores
utilizando uma investigação orientada - O Webquest, buscando
analisar como uma fonte de pesquisa poderá tornar a aprendizagem
significativa e levar o educador e o educando a construção
do conhecimento.
O uso do Webquest constitui uma investigação orientada,
por apresentar uma performance organizacional de atividades envolvendo
novas tecnologias, que pode ser desenvolvida em qualquer área ou
nível de ensino.
O webquest pode ser uma alternativas pedagógica, na utilização
da Internet poderá revolucionar a construção do saber
e os ambientes virtuais de aprendizagem na Internet podem mudar o modo
do professor trabalhar o momento aula.
Internet na Educação
Milhares de criança, em dezenas de países ao redor do mundo,
estão vivendo a realidade de aldeia global de maneira interativa,
prática e pessoais. Por intermédio da Internet, esses alunos
estão, pela primeira vez, aprendendo a pensar neles próprios
como cidadãos globais, vendo o mundo e seu lugar no mundo de forma
muito diferente que seus pais.[3]
A enorme quantidade de informação e as oportunidades de
compartilhá-las e comunicar-se com as pessoas de todo o mundo,
faz com que as escolas venha a se preocupar com a introdução
da internet em sala de aula. Razão pela qual considerar-se a internet
uma ferramenta importante para os educadores e mostra como as novas tecnologias
tem potencial para transformar as maneiras de ensinar e aprender.
Cada ferramenta da internet possui uma função específica,
e a maioria dos professores que a explora vai querer familiarizar-se com
todas elas. Para os professores, tais ferramentas podem ser utilizadas
para fornecer aos alunos oportunidades animadoras para acessar e interpretar
o mundo ao redor deles.
A internet é um ambiente ideal para incentivar os alunos a assumirem
a responsabilidade pelo seu próprio aprendizado.Tendo a oportunidade
de acessar recursos de aprendizagem na internet, os alunos tornam-se participantes
ativos na sua busca pelo conhecimento. Incorporar a internet ao aprendizado
em sala de aula dá aos alunos muito mais oportunidades para estruturarem
seu próprio aprendizado do que aquelas disponíveis em salas
de aula tradicionais.
Um dos eixos das mudanças na educação passa por sua
transformação em um processo de comunicação
autêntica e aberta entre os professores e alunos, primordialmente,
mas também incluindo administradores e a comunidade, principalmente
os pais. [4] Muitas forma de dar aula hoje não se justificam mais.
Perdemos tempo de mais, aprendemos muito pouco, nos desmotivamos continuamente.
Tanto professores quanto alunos temos a clara sensação de
que em muitas aulas convencionais perdemos muito tempo.
O professor precisa estar atento, porque a tendência na internet
é para a dispersão fácil. O intercâmbio constante
de resultados, a supervisão do professor podem ajudar a obter melhores
resultados. O papel do professor é de acompanhar cada aluno, incentivá-lo,
resolver suas dúvidas, divulgar as melhores descobertas. As aulas
na internet se alternam com as aulas habituais, nas quais acrescentamos
textos escritos e vídeos para aprofundar os temas pesquisados inicialmente
na internet. Posteriormente, cada aluno desenvolve um tema específico
de pesquisa, que ele escolhe, conciliando o seu interesse pessoal e o
da matéria.
Ensinar utilizando a internet exige muita atenção do professor.
Diante de tantas possibilidades de busca, a própria navegação
torna-se mais sedutora do que o necessário do que o trabalho de
interpretação. A internet é uma tecnologia que facilita
a motivação dos alunos, pela novidade e palas possibilidades
inesgotáveis de pesquisa que oferece. Essa motivação
aumenta se o professor a faz em um clima de confiança, de abertura,
de cordialidade com os alunos.
O aluno desenvolve a aprendizagem cooperativa, a pesquisa em grupo, a
troca de resultados. A interação bem sucedida aumenta a
aprendizagem. Em alguns casos há uma competição excessiva,
monopólio de determinados alunos sobre o grupo. Mas, no conjunto,
a cooperação prevalece. A internet permite a pesquisa individual,
em que cada aluno tem seu próprio ritmo, e a pesquisa em grupo,
em que se desenvolve a aprendizagem colaborativa.
A internet permite a pesquisa individual, em que cada aluno tem seu próprio
ritmo, e a pesquisa individual, em que a pesquisa em grupo, em que se
desenvolve a aprendizagem colaborativa.
Projetos em Internet: o Webquest como Pesquisa Orientada
A cultura do projeto que pode ser entendida pelo educador, a atividade
de fazer projetos é simbólica, intencional e natural do
ser humano, buscando solução de problemas e desenvolve um
processo de construção de conhecimento.[5]
Quando falamos de aprendizagem por projetos estamos necessariamente nos
referindo à formulação de questões pelo autor
do projeto, pelo sujeito que vai construir conhecimento. Partimos do princípio
de que o aluno já pensava antes.
E é a partir de seu conhecimento prévio, que o aprendiz
vai se movimentar, interagir com o desconhecido, ou com novas situações,
para se apropriar do conhecimento específico em quaquer área.
Num projeto de aprendizagem, de quem são as dúvidas que
vão gerar o projeto? Quem está interessado em buscar respostas?.
Deve ser o próprio estudante, enquanto está em atividade
num determinado contexto, em seu ambiente de vida, ou numa situação
enriquecida por desafios.
É fundamental que a questão a ser pesquisada parta da curiosidade,
das dúvidas, das indagações do aluno, ou dos alunos,
e não imposta pelo professor. Isto porque a motivação
é intrínseca, é própria do indivíduo.
Quando o aprendiz é desafiado a questionar, quando ele se perturba
e necessita pensar para expressar suas dúvidas, quando lhe é
permitido formular questões que tenham significação
para ele, emergindo de sua história de vida, de seus interesses,
seus valores e condições pessoais, passa a desenvolver a
competência para formular e equacionar problemas. Quem consegue
formular com clareza um problema, a ser resolvido, começa a aprender
a definir as direções de sua atividade.
Há diferentes caminhos que podem levar à construção
do projeto, a partir das necessidades do aluno. Inventando e decidindo
é que os estudantes/autores vão ativar e sustentar sua motivação.
Para tanto, precisamos respeitar e orientar a sua autonomia para: decidir
critérios de julgamento sobre relevância em relação
a determinado contexto; localizar e selecionar informações;
definir, escolher e inventar procedimentos para testar a relevância
das informações escolhidas em relação aos
problemas e às questões formuladas; organizar e comunicar
o conhecimento construído.
O orientador de projetos deve escolher os pequenos grupos que queira orientar,
e sua escolha precisa ser recíproca: orientar projetos de investigação
estimulando e auxiliando na viabilização de busca e organização
de informações, face às indagações
do grupo de alunos; acompanhar as atividades dos alunos, orientando sua
busca com perguntas que estimulem seu pensamento e reflexão; documentar
com registros qualitativos e quantitativos as constatações
dos alunos sobre seu próprio aprendizado, promovendo feedback individual
e coletivo.
Buscar a informação em si, não basta. Os alunos precisam
estabelecer relações entre as informações
e gerar conhecimento. A situação de projeto de aprendizagem
pode favorecer especialmente a aprendizagem de cooperação,
com trocas recíprocas e respeito mútuo. Isto quer dizer
que a prioridade não é o conteúdo em si, formal e
descontextualizado. A proposta é aprender conteúdos, por
meio de procedimentos que desenvolvam a própria capacidade de continuar
aprendendo, num processo construtivo e simultâneo de questionar-se,
encontrar certezas e reconstruí-las em novas certezas. Isto é,
formular problemas, encontrar soluções que suportem a formulação
de novos e mais complexos problemas.
A aprendizagem por projetos ocorre por meio da interação
e articulação entre conhecimentos de distintas áreas,
conexões estas que se estabelecem a partir dos conhecimentos cotidianos
dos alunos, cujas expectativas, desejos e interesses são mobilizados
na construção de conhecimentos científicos. Os conhecimentos
cotidianos emergem como um todo unitário da própria situação
em estudo, portanto sem fragmentação disciplinar, e são
direcionados por uma motivação intrínseca. Cabe ao
professor provocar a tomada de consciência sobre os conceitos implícitos
nos projetos e sua respectiva formalização, mas é
preciso empregar o bom-senso para fazer as intervenções
no momento apropriado.
O professor que trabalha com projetos de aprendizagem respeita os diferentes
estilos e ritmos de trabalho dos alunos desde a etapa de planejamento,
escolha do tema e respectiva problemática a ser investigada. Não
é o professor quem planeja para os alunos executarem, ambos são
parceiros e sujeitos de aprendizagem, cada um atuando segundo o seu papel
e nível de desenvolvimento.
Cabe ao professor incitar o aluno a tomar consciência de suas dúvidas
temporárias e certezas provisórias [5], ao mesmo tempo em
que o ajuda a articular informações com conhecimentos anteriormente
adquiridos e a gerenciar o seu desenvolvimento.
Os projetos de trabalho supõem um enfoque do ensino que trata de
reestruturar, repensar, recriar as concepções e as práticas
educacionais na escola e não simplesmente adaptar uma proposta
do passado e atualizá-la, tem como características[6]:
1.Um percurso através de um tema-problema que favoreça a
análise, a interpretação e a crítica (como
contraste de pontos de vista).
2. Uma atitude de cooperação, em que o professor é
um aprendiz e não um especialista. que, com freqüência
, abordam-se questões que também são "novas"
para o professor, trabalhar na classe através de projetos supõe
uma mudança de atitude por parte do adulto. Essa atitude o converte
em aprendiz, não só frente aos temas - objeto de estudo,
mas diante do processo a seguir e das maneiras de abordá-lo, que
nunca se repetem e adquirem sempre dimensões novas em cada grupo.
3. Um processo que busca estabelecer conexões entre os fenômenos
e que questiona a idéia de uma versão única da realidade.
4. Um trabalho em que cada etapa é singular e nela se ocupam com
diferentes tipos de informação.
5. Um professor que ensina a escutar: com o que os outros dizem, também
podemos aprender.
6. Alunos que apresentam várias formas de aprender o que queremos
ensinar (e não sabemos se aprenderão isso ou outras coisas).
7. Uma aproximação atualizada dos problemas das disciplinas
e dos saberes.
8. Uma forma de aprendizagem em que se leva em conta que todos os alunos
podem aprender; se encontrarem ocasião para isso. Os projetos é
a de que todos os alunos possam encontrar seu papel. Por isso, nos projetos,
ter em conta a diversidade.
9. A aprendizagem que está vinculada ao fazer, à atividade
manual e à intuição. A apresentação
de um projeto implica recuperar toda uma série de habilidades que
nossa cultura tende a menosprezar, mas que, indubitavelmente, dotam os
alunos de novas estratégias e possibilidades de dar respostas às
necessidades que vão encontrando em suas vidas.
Na perspectiva de se trabalhar com projetos, encontramos o WEBQUEST como
um ambiente envolvendo atividades orientadas para a pesquisa em que algumas
ou todas as informações com as quais os aprendizes interagem,
estão nos recursos provenientes da Internet. Esta pesquisa pode
ser definida como de curto prazo (até uma semana) ou de longo prazo
(de uma semana até um mês ou mais).
A metodologia do Webquest converte a aula num processo deconstrução
do conhecimento por atendere aos princípios construtivistas: o
professor é um mediador, o aluno constrói seu próprio
conhecimento, a metodologia pretende questionar, averiguar, investigar,
e o objetivo da aprendizagem é que o aluno gere novos esquemas
de conhecimento.
O Webquest desenvolve métodos eficientes para introduzir os alunos
a utilizarem as novas tecnologias como ferramenta de maneira a assegurar
a aprendizagem intimamente associada ao currículo, fornecendo modelos
para associar pesquisa na web e resultado de aprendizagem de uma forma
prática e confiável.
Os WebQuests fornecem a aprendizagem ativa em que o objetivo é
a aquisição e integração do conhecimento.
Através das atividades nos WebQuest o aluno lidará com uma
quantidade significativa de novas informações, interpretando-as
por síntese e análise e finalmente, transformando-as em
conhecimentos.
WebQuest é uma investigação orientada na qual algumas
ou todas as informações com as quais os aprendizes interagem
são originadas de recursos da Internet. Trata-se de um método
no qual se utiliza da Internet para aprendizagem. Através de uma
questão-problema os alunos são induzidos à pesquisa
e a solução de problemas. Trata-se de um método dinâmico,
pois as pesquisas para a obtenção de respostas se darão
na internet, favorecendo também um trabalho em equipe. Outro dado
muito positivo, é a possibilidade de trabalharmos de forma interdisciplinar.
Uma WebQuest, é uma página da Internet, que possui tudo
ou quase o que você precisa saber sobre determinado assunto. Em
toda WebQuest existe um problema para ser solucionado. Precisamos usar
a WebQuest, para facilitar o trabalho de pesquisa dos alunos, instigando-os
querer saber mais, sobre o assunto proposto. Dando-lhes referências,
eles podem buscar na própria Internet, como em livros, revistas,
vídeos etc, expandindo cada vez mais os meios de conhecimento do
aluno.
Alguns projetos de Webquests: 1) Uma base de dados pesquisável
dentro da qual as categorias em cada campo foram criadas pelos aprendizes;
2) Um micromundo, representando um espaço físico, que possa
ser navegado pelos usuários; 3) Um estória interativa ou
um estudo de caso criado pelos aprendizes; 4) Um documento que descreve
uma análise de uma situação controversa, assumindo
uma posição e convidando os usuários a concordar
ou discordar dela; 5) Uma personagem que pode ser entrevistada "on
line". As perguntas e respostas deverão ser geradas por aprendizes
que estudaram profundamente a personagem.
O uso da metodologia de webquest permite:
Garantir acesso a informações autênticas e atualizadas
- conteúdos publicados na Internet e em outros recursos tecnológicos,
refletem saberes e informações recentes. Além disso,
são produtos autênticos que fazem parte do dia-a-dia das
pessoas.
Romper as fronteiras da aula - ajuda o aluno a entender que a escola
vai mais além do que as quatro paredes na qual assiste uma aula
num determinado horário, que o que aprende dentro da sala de aula
o ajuda a entender o mundo, que toda a informação que recebe
por diversos meios ao longo do dia formam um conjunto de saberes e conhecimentos
que explicam outras realidades e abrem novos e fascinantes caminhos.
Promover aprendizagem cooperativa - os Webquests estão fundados
na convicção de que aprendemos mais e melhor com os outros,
não individualisticamente. Aprendizagens mais significativas são
resultados de atos de cooperação.
Desenvolver habilidades cognitivas - o modo de organizar Tarefa
e Processo numa Webquest pode oferecer oportunidades concretas para o
desenvolvimento de habilidades do conhecer que favorecem o aprender a
aprender.
Transformar ativamente informações (em vez de apenas
reproduzí-las) - o importante é acessar, entender e
transformar as informações existentes, tendo em vista uma
necessidade, problema ou meta significativa.
Incentivar criatividade - se bem concebida, a Tarefa planejada
para uma Webquest engaja os alunos em investigações que
favorecem criatividade.
Favorecer o trabalho de autoria dos professores - Webquests devem
ser produtos de professores e alunos, oferecendo oportunidades concretas
para que os professores se vejam e atuem como autores de sua obra.
Favorecer o compartilhar de saberes pedagógicos concebidos como
publicações típicas do espaço Web (abertas,
de acesso livre, gratuitas etc.), os Webquests constituem uma forma interessante
de cooperação e intercâmbio docente.
Os elementos básicos de um Webquest são: uma introdução,
que fornece informações básicas para despertar o
interesse dos alunos pela tarefa. Uma tarefa interessante. O processo
ou passos envolvidos para completar a tarefa. Os recursos a serem utilizados
são basicamente da Internet, mas outros dados, como informações
obtidas em bibliotecas, podem sem incluídas.Uma orientação
e organização de informação e conclusão
da tarefa. Uma conclusão (o que foi aprendido com sugestões
para mais aprendizagem. Os autores, destinatários e as referências
bibliográficas.
Como organizar um Webquest?
1. Definir tema e fontes de pesquisa: um Webquest parte da definição
de um tema e objetivos por parte do professor, uma pesquisa inicial oferecendo
uma variedade de links selecionados acerca do assunto, para consulta orientada
dos alunos. Estes devem ter uma tarefa, exeqüível e interessante,
que norteie a pesquisa. Para o trabalho em grupos, os alunos devem assumir
papéis diferentes, como o de especialistas, visando gerar trocas
entre eles. Tanto o material inicial como os resultados devem ser publicados
na Web, online. Escolha um assunto cujo desenvolvimento possa melhorar
suas aulas. Situe o assunto escolhido no currículo. Imagine uma
abordagem que crie interesse. Assegure-se de que há fontes suficientes
e adequdas na Internet.
2. Definir a tarefa: tarefas bem construídas exigem que os alunos
trabalhem mais que a dimensão conhecimento, ou seja, que exijam
compreensão, aplicação, análise, síntese,
avaliação. Imagine trabalhos que os alunos possam fazere
que sejam situações cotidianas do aluno.
3. Selecionar as fontes: realizar buscas na Internet de sites interessantes
que possam ser indicados para pesquisa no projeto. A Internet acrescenta
uma nova dimensão ao ensino, por oferecer informações
atualizadas, notícias, sons, imagens, softwares. Julgar a conveniência
ou necessidade de utilizar outros recursos, como livros, revistas, artigos,
cd-roms, vídeos.
4. Estruturar Processos e Recursos: elaborar o roteiro que irá
ajudar os alunos a obterem bons resultados na tarefa. Os recursos serão
apresentados a cada etapa. É preciso especificar as expectativas
quanto ao trabalho em grupo, como será constituído e como
a dinâmica deverá ocorrer. Nesta etapa são definidos
a função dos componentes co grupo e são estabelecidos
os passos a serem seguidos no estudo do material pesquisado e na elaboração
doproduto resultante da tarefa.
5. Escrever a introdução: escrever um texto dirigido aos
alunos. Este texto deve ser breve e motivador da aprendizagem que será
iniciada.
6. Escreva a conclusão: nesta etapa são reafirmados aspectos
de interesse registrados na introdução, realçada
a importância do que os alunos aprenderam e são apontados
caminhos que podem ajudar os alunos acontinuarem estudos e investigações
sobre o tema.
Após a execução do projeto chega o momento da culminância
em que os resultados são apresentados e disponibilizados na Internet
na home-page da escola.
Conclusão
Navegar na Internet pode ser um processo de busca de informações
valioso na construção do conhecimento, gerando um ambiente
interativo facilitador emotivador de aprendizagem, bem como pode ser um
dispersivo e inútil coletar dados sem relevância que não
agregam qualidade pedagógica ao uso da Internet.
A metodologia do Webquest pretende ser efetivamente uma forma de estimular
a pesquisa, o pensamento crítico, o desenvolvimento de professores,
a produção de materiais e a construção de
conhecimento por parte dos alunos.
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Maceió, EDUFAL, INEP, 1999.
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ed. Porto Alegre, Artmed, 2000.
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nº 2, maio-ago 1997; 146-153.
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1999.
[6] F. Hernendez . "Os Projetos de trabalho e a necessidade de transformar
a escola". Presença Pedagógica, 20, 53-60, Belo Horizonte,
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[7] SUAREZ, Santiago. Las webquest y su aplicación didáctica.
Disponível em: http://congreso.cnice.mecd.es/area5/documentacion/comunicaciones/index.html
[8] M.J. Fernandez. Los webquest. Reflexiones para la búsqueda
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