Voto e Cidadania
MOMENTO CÍVICO
11/09/02
Em sua obra política intitulada "O Dezoito
Brumário de Luís Bonaparte", Marx expressa sua opinião
sobre a atuação e a vontade política: "Os
homens fazem sua própria história, mas não a fazem
como querem; o estereótipo seguido é aquele diretamente
herdado e transmitido pelo passado."
No dia 7 próximo passado, comemoramos mais um aniversário
da emancipação política do Brasil. E o que herdamos
de todo esse processo de 500 anos de evolução? O nosso
país continua explorado e corrompido. A dependência econômica,
política e cultural a cada novo ciclo de governo, tornam-se mais
acentuadas; adívida externa cresce a cifras alarmantes; nossas
empresas e riquezas naturais estão sendo entregues, no jogo de
se levar vantagens e de subserviência. Como se não bastasse,
enfrentamos agora o perigo da ALCA ameaçando, ainda mais nossa
economia e até o nosso território.
Sabemos que para muitos o importante é receber as glórias
que o poder oferece.
Quanto investimento em propaganda, na disputa frenética pelo
poder! Quantas
mãos estendidas e bocas famintas em meio a esse turbilhão
vicioso político eleitoral!
Ora, quando uma teoria científica não permite atingir
os objetivos que os agentes políticos têm em mente, sabemos
que eles recorrem à trapaças, fraudes, mentiras, demagogias,
e mesmo a violência.
Nosso país carece de governantes responsáveis e comprometidos
com a coletividade. O voto é importante, mas não é
suficiente. Devemos cobrar, denunciar, questionar a ordem estabelecida,
gritar por mudanças.
O momento presente é oportuno para refletirmos sobre nossa própria
prática, nosso direito de ir e vir; de escolher nossos representantes
políticos... Possuir consciência política implica
em perceber no discurso a manipulação ideológica,
e saber agir, fazendo imperar o bem comum social.
Acorda povo brasileiro! As eleições se aproximam. Faça
valer o seu poder de decisão.
Muito obrigada!
Márcia Lúcia Rodrigues de Melo